13 de abril de 2014

quando te vejo



Interferes na minha paisagem
repleta de cores e flores
pálidas e sombrias flores.

A música transparente evola
do teu corpo que passa.
Lembram-me teus gestos
o azul de que é feito meu passo
quando te vejo.

Perdendo-me
existo no teu vulto que assombra
e me flutuo.
Encontrando-me
nada existo até a raiz inútil de me ser.

Ah, com que tal tudo quero te sonhar
na poesia que sinto nos teus olhos
quando te vejo por mim passar.